Julian foi a última habitante que restou de pé; incrível
como ela resistiu a tudo aquilo sem entrar em colapso. Provavelmente, uma
criança como ela naquele momento, não conseguia sentir mais nada. Ela apenas
via; mas nada sentia. Porém, algo dentro dela dizia para não perder a
esperança. Mesmo diante de tudo que estava acontecendo, ela não tirou de sua
mente a frase que sua mãe disse: “Quando tudo isso terminar, vamos nos divertir
muito no Halloween certo?”. E, foi lembrando-se dessa frase, e mantendo a fé
dentro de si que um raio de luz tomou conta daquela menina. Uma luz tão forte
que nem mesmo a própria Julian podia ser vista, e rapidamente a luz cresceu; e
continuou crescendo a um ponto de trazer de volta as estrelas do céu, e o
brilho dourado da lua. Lilith e suas criaturas observavam tudo sem nenhuma
reação de preocupação ou espanto. Pelo contrário, aquilo para ela não
significava nada, pois logo ela tiraria a vida de Julian.
Mas não foi o que aconteceu. Pois
daquela onda de luz, foram proferidas palavras de poder, bondade e
determinação. E, através dessas palavras ficou claro que mais um ser estava
para surgir; porém, esse ser vinha a favor da vida.
“Em
nome de todas as almas que aqui foram ceifadas; em nome da vida e pureza de
todos aqueles que nesse mundo hão de permanecer, a mim é cedido o direito de a
esse mundo retornar, de novamente nessas terras pisar; que minha essência, meu
espírito e minha própria existência se tornem reais!”
E assim ela apareceu. Em um novo cenário que não era mais
obscuro, mas sim envolto por brumas iluminadas pala sua grande aura branca.
Aradia era o nome dessa entidade. E, em sua aparição, ela já tinha dado a
perceber que sua intenção era de impedir que Lilith continuasse com sua
matança. Aliás, não apenas isso, mas também livrar o mundo daquele ser maligno
e destrutivo de uma vez por todas.
Aradia observou calmamente a situação em que se
encontrava o cenário em sua volta. Com um leve gesto de tristeza em seu rosto
ela ficou em silêncio. Depois disso, baixou a cabeça e fechou os olhos por uns
instantes. Em seguida, seus olhos se abriram, porém já não eram mais os mesmos.
Eles agora reluziam o mais puro dos brilhos dourados. E sua expressão agora era
de pura determinação e serenidade. E, de sua boca foram pronunciados os
encantamentos que soavam como as mais belas melodias já ouvidas na história:
“Inspirada nos lendários bardos que cantaram a história do mundo, e compostas
por versos encantados pelas lágrimas das Plêiades e pelos sussurros dos Elfos,
eu conjuro esse feitiço e convido a dançarem ao som de minha melodia, Os Três
Julgamentos Cerimoniais!”.
Continua...
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