[conto] A Última Canção de Halloween - Parte 6

conto de halloween - a última canção de halloween


           Do encantamento de Aradia surgiram três entidades: criaturas abençoadas com o dom da pureza e poder para subjugar os males nos corações dos seres vivos; adornados por vestimentas e acessórios de puro tecido branco – colares, laços, argolas e anéis – de pés desnudos e possuíam em cima de suas cabeças, algo semelhante a asas finas e longas. E a beleza não estava apenas em suas aparências, mas também em seus movimentos e expressões: Os Julgamentos Cerimoniais foram convocados para combater Erradicadores de Vidas de Lilith; e, podia-se ver claramente como seus movimentos durante a batalha se assemelhavam a uma dança. Um balé repleto de magia, dança e punição. Tudo isso em uma sincronia de ritmo às vezes brando e leve; às vezes frenético e implacável. É como se a própria justiça Divina tivesse descido dos céus para punir as bestas do Apocalipse. Uma cena bela e ao mesmo tempo, fantástica e assustadora.
            Porém, isso não chegou perto da verdadeira batalha que estava prestes a começar entre Lilith e Aradia. As duas grandes entidades do mundo das bruxas. Magia negra contra magia branca. Antes que a disputa tivesse início, houve um breve diálogo entre as duas: “Então mais uma vez você retorna do abismo no dia de todos os santos para causar a desgraça na terra Lilith. Mas dessa vez vou te impedir; para que você jamais ressurja novamente das profundezas como tem feito a cada seis mil luas cheias. Você pode ser imortal, mas também existem prisões que podem durar toda eternidade. E é para lá que vou te mandar Lilith!”
            Lilith, que parecia não estar nem um pouco preocupada com as ameaças de Aradia retrucou de forma sarcástica: “A imortalidade é um dom que deve ser desfrutado em liberdade. E você não vai me privar desse direito, simplesmente me aprisionando. Além disso, para me aprisionar, primeiro você precisa me derrotar... E pelo que me lembro não foi você quem me venceu na última guerra, mas sim aquele Velho irritante que não tem ao menos coragem de aparecer.”
            Lilith, se referia a Última Guerra Santa que aconteceu a muito, muito tempo atrás. Uma guerra de proporções inimagináveis que de tão marcante e traumática, ficou proibida de ser contada pelas gerações seguintes. E, como foi predito no final daquela mesma guerra, Lilith voltaria a cada 6000 luas cheias para causar a carnificina e destruição e despertar tudo o que é impuro nos corações dos seres vivos.
            De lá para cá, suas aparições deixaram no mundo estigmas, que até hoje custam para serem apagados. Mas dessa vez, Aradia estava decidida a por um final nisso, selando de uma vez por todas a existência da demoníaca Mãe Negra:
“Dessa vez você cairá para sempre. Pois ‘aquele Velho irritante’ jamais abandonaria seus filhos e por isso Ele me permitiu e me concedeu poderes para vir a esse mundo e impedir que mais uma vez você traga a calamidade para esse mundo. Prepare-se Lilith, pois sua hora chegou!”.
            E assim a maior batalha entre magia negra e branca que já se ouviu falar teve início. Uma batalha que deverá ser contada nos livros de histórias de todas as eras. Aquele dia de todos os santos foi o palco principal escolhido para tal duelo. Mas, qual será o resultado?

Continua...

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