Parte 2
Enquanto mãe
e filho tomavam café, um diálogo teve início:
― Mãe,
depois que terminar as tarefas da escola, posso sair para brincar um pouco?
― Hum, não
sei filho. Não gosto de deixar você brincando sozinho por aí...
― Eu sei
mamãe, mas é só um pouquinho! Prometo que vou ficar longe de problemas.
― Eu sei meu
anjo. Eu confio em você; só não confio nas pessoas dessa rua... Mas tudo bem.
Só me prometa que não vai demorar tá?
― Certo mãe!
Pode deixar!
Depois que Ana saiu para trabalhar, o
menino todo contente foi direto para o quarto fazer suas tarefas. Instantes
depois, a criança de olhos grandes partiu porta fora para sua grande aventura
infantil. Aquele momento prometia grande diversão. Em pouco tempo ele já tinha
se deixado levar para longe de casa sem que percebesse. Um gato que correu, uma
pipa no céu, pombos bailando em meio ar... Tudo isso o levou a uma estrada já
nos limites da rua. Mas sua euforia foi interrompida por uma visão nada
agradável: Em meio àquela estrada, encontrava-se uma figura de pelos marrons e
agora também vermelho. Aquela rubra e vívida tinta fresca era o próprio sangue
da criatura canina. Aparentemente estava morto.
O garoto
correu desenfreado em direção ao supostamente falecido cão:
― Nossa!
Nossa! Que estrago! Só pode ter sido um carro; mas não está morto. Se eu me
apressar posso salvá-lo... Mas peraí! Esse cachorro... É da família Martin!
Tenho certeza! Eles moram perto de minha casa. Já vi uma das filhas brincando
com ele várias vezes. Se eu conseguir salvá-lo, todos da rua verão que sou uma
boa pessoa e serei tratado com respeito. Primeiro tenho que parar esse
sangramento...
Sem medir
esforços o menino tomou todas as medidas de emergência. Parecia até que tinha
um especialista da área de saúde tratando uma vítima de acidente. Um grande
pedaço de sua camisa foi arrancado para cobrir a grande ferida no corpo do
cachorro e parar o sangramento. Com muito cuidado ele tomo o cãozinho em seus
braços e voltou para a Rua Ricchie. Ele sabia que lá morava uma enfermeira.
Enquanto corria em seu caminho, pensou: “Vai ser mais rápido se eu for lá. Ela
cuida de pessoas doentes, mas com certeza vai saber cuidar de você também viu
totó? Pena que não sei de nenhum veterinário. O único que conheço é o que vi
uma vez na televisão...”
Quando virou
uma das esquinas da rua, já próximo da casa da enfermeira, ele começou a chamar
atenção dos que por ali transitavam:
― Ei olha
ali! É o cara de zumbi...
― É ele
mesmo! Faz tempo que não o vejo por esse lado da rua...
― E quem
diabos faz questão de ver essa aberração por aqui?! E o que ele estava
segurando em seus braços?
Mais a
frente, virando a última esquina que dava direto a casa da enfermeira, ele colidiu
em alguém:
― Desgraça!
Mesmo com esses grandes olhos horrendos você ainda consegue esbarrar e mim? Foi
de propósito!
― Desculpe
senhor... ― Disse o menino um pouco assustado ― É que estou com muita pressa!
Veja; eu o encontrei na estrada sangrando muito! Mas ainda tem como salvá-lo
e...
Um
violento soco impediu que a apressada explicação do menino fosse concluída.
Enquanto o sangue que saía de sua boca, pairava no ar ele violentamente foi de
encontro ao chão.
Conto curioso!
ResponderExcluirAguardo a conclusão.
Um abraço
A conclusão acontecerá ainda nessa semana. =3
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